Se você caminhar pela cidade, ligar a tv ou o rádio, abrir o jornal, ou fazer qualquer coisa, você vai ser impactado por uma ação de marketing. Mas o que é exatamente?
O que é Marketing?
O estudioso americano Philip Kotler, define marketing como “Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e proporcionar valor para satisfazer as necessidades de um público-alvo com rendibilidade.”
O universo do marketing é vasto e compreende mais do que simplesmente vender produtos ou serviços. Inclui também tudo o que diz respeito a planejamento, pesquisa e estratégia. Ele funciona como uma ponte entre o desejo e necessidade do consumidor e os objetivos da empresa. Afinal, um bom marketing é bom para ambas as partes.
A palavra-chave para entender o que é marketing é: as necessidades do consumidor. Também segundo Kotler, “o marketing identifica necessidades e desejos não preenchidos”. Atualmente, além de identificar, o marketing também tem a função de antecipar essas necessidades e supri-las antes mesmo que o consumidor saiba que elas existem.
Em resumo, é suprir as necessidades gerando lucro.
Vale dizer que o marketing também pode ser usado por ONG’s e outras organizações sem fundos lucrativos. Em casos como esses, os objetivos são diferentes. Ao invés do retorno em dinheiro, elas buscam engajamento, fortalecimento da marca e alcance de novos públicos.
Tipos de marketing
Existem inúmeros tipos de marketing diferentes. Isso porque as estratégias e as formas de marketing vão mudando com o passar do tempo para se adaptar às mudanças na sociedade e no consumidor.
Atualmente os principais tipos são:
Marketing digital
Esse é o mais abrangente e mais comum atualmente, por motivos óbvios. Marketing digital engloba todas as ações feitas no mundo digital, inclusive algumas outras modalidades que serão abordadas ao longo do texto como, por exemplo, o marketing de conteúdo.
Com a facilidade de acesso a um smartphone e internet, é possível afirmar que praticamente todo mundo está conectado ao mercado digital e o e-commerce tem crescido cada vez mais. E depois da nova realidade que a pandemia trouxe, o e-commerce passou a crescer com ainda mais força.
Mesmo aqueles que ainda preferem fazer suas compras da forma tradicional podem ser alcançados e influenciados pelo mundo virtual. Portanto, com um bom conhecimento do seu consumidor, fica mais fácil para a empresa se comunicar diretamente com ele.
Além disso, o marketing digital e o mercado digital são uma das formas mais democráticas, pois não é necessário grandes investimentos ou estruturas para começar a usá-lo nas propagandas. Portanto, muitas empresas pequenas e micro estão tendo mais chances de crescer e alcançar novos clientes e públicos.
As principais estratégias do marketing digital são a criação de uma persona e o estudo do público-alvo. Óbvio que essas estratégias são importantes para qualquer área do marketing, mas no mundo digital, elas se tornam vitais. Sua empresa não precisa estar em todas as redes sociais apenas naquelas relevantes para o seu consumidor (O mesmo vale para o ponto de venda). Mas, para saber quais são elas, é preciso de um estudo de público bem feito e uma persona bem definida.
Marketing Tradicional
Também conhecido como marketing offline. Apesar de o nome e de suas estratégias serem voltadas para o mundo offline, vale dizer que algumas de suas estratégias também funcionam bem no marketing digital.
Suas ações são voltadas para o meio clássico, como tv, rádio e mídias impressas. Por isso, sua abordagem é mais direta, aparecendo com soluções para o consumidor enquanto ele consome alguma das mídias mencionadas acima.
Outro ponto importante do marketing tradicional é a fixação da marca na mente do consumidor, para que na hora da compra essa marca seja a escolha óbvia a ser feita. Por isso, investimento em outdoors, merchandising em loja física, ações de panfletagem e até telemarketing, ainda recebem grandes investimentos.
Falando nisso, esse modelo de marketing tem um custo de entrada mais alto e a mensuração de seus resultados é mais difícil de ser feita. Porém, ainda é um modelo muito eficiente.
Por ter um custo mais alto, um planejamento bem feito é de suma importância nas ações para esse tipo de marketing. Especialmente se o orçamento é pequeno.
Marketing de Relacionamento
Como o próprio nome diz, esse modelo é sobre criar um relacionamento com o cliente. O objetivo é mais do que só vender o produto ou serviço para ele. É fidelizar o cliente para que a marca se torne a escolha número um dele e ele continue voltando para comprar no futuro. E, principalmente, fazer com que o cliente vire um defensor da marca.
Além disso, outra vantagem obtida com esse modelo é a criação de autoridade no seu mercado. Isso se dá através das boas experiências oferecidas ao cliente. Isso faz com que ele veja valor na marca. Ao receber um tratamento personalizado e ter uma boa experiência, o próprio cliente vai querer divulgar a marca para outras pessoas. O boca a boca é a melhor estratégia de marketing.
Mas lembre-se que, o sucesso desse modelo depende da satisfação do cliente, por isso, é necessário ficar de olho nesse índice. Outra forma de saber como anda esses níveis é a conversa direta com o cliente. Essa solução é boa para ambos os lados: o cliente recebe respostas e tratamentos personalizados e a empresa consegue o feedback necessário.
Marketing de Guerrilha
Como o nome dá a entender, essa técnica foi criada pelo publicitário americano Jay Conrad Levinson no final dos anos 70, inspirado pela Guerra do Vietnã. Pode parecer estranho, porém, essa técnica foi baseada como o Vietnã, mesmo com menos recursos que os EUA, conseguiram usar técnicas de guerrilha para superar o obstáculo e vencer a guerra.
Portanto, o marketing de guerrilha é sobre fazer mais com menos. Usa-se bastante planejamento e criatividade para criar ações pouco convencionais e ousadas. Essas campanhas se tornam impossíveis de serem ignoradas, mesmo com o bombardeio de anúncios e informações que recebemos todos os dias.
Outra prática comum no marketing de guerrilha é a “alfinetada” na concorrência. Por exemplo, o Burger King criou campanhas de Halloween alfinetando seu principal concorrente, o McDonalds em vários anos.

Marketing de Guerrilha: campanha de Halloween do Burger King
O mais importante de se ter em mente ao utilizar essa técnica é o cuidado e precaução. A intenção é fazer algo criativo que chame a atenção do consumidor de forma positiva e possa se tornar viral. Quando mal executada, essa campanha pode fazer a marca parecer arrogante e criar um sentimento ruim do público com a marca.
Marketing Verde
Uma prática que remonta ao início dos anos 1990, o marketing verde (ou ecomarketing) trata do desenvolvimento e comercialização de produtos que tenham impactos nocivos ao meio ambiente reduzidos ou zerados ou que até beneficiem o meio ambiente. A ideia principal é vender a conscientização ecológica.
Esse modelo de marketing vai além das campanhas e ações publicitárias. Se trata de práticas do dia a dia. Com o vasto acesso a informações que a internet provém, empresas que se dizem amigas do meio ambiente, mas continuam com atividades nocivas são desmascaradas com facilidade.
Marketing de conteúdo
Uma das principais técnicas do marketing digital, atualmente, o marketing de conteúdo é falado e aconselhado em todas as plataformas por inúmeros “gurus” de marketing e publicidade. Esse modelo é sobre criar conteúdos relevantes para o público que tornem a marca em uma autoridade e a primeira referência para compra quando o consumidor pensar naquela área.
Para isso, esse marketing foca em entender o seu cliente: quais são as suas necessidades e dores. A partir daí, ele cria conteúdos que solucionem esses problemas, deem dicas de como evitá-los e outros conteúdos que sejam úteis para esse cliente. O conteúdo pode ser entregue em forma de artigos de blog, postagens nas redes sociais, ebook, webinars ou uma combinação dessas e outras formas. Tudo depende de como o seu público consome conteúdo.
Como dito acima, o foco desse formato é inteiramente no consumidor. Portanto, é de suma importância que a empresa saiba muito bem quem é o seu consumidor, onde encontrá-lo e tenha uma pesquisa sobre ele muito bem feita e que a mantenha sempre atualizada.
Inbound Marketing
Aliado ao marketing de conteúdo, o inbound marketing usa conteúdos relevantes para atrair e converter clientes. Por ser usado em conjunto, o inbound marketing é muito confundido com o marketing de conteúdo e, muitas vezes, esses são usados como sinônimos. Porém, esses modelos têm objetivos diferentes. O primeiro tem a intenção de gerar autoridade, enquanto o segundo, tem o foco nas vendas. O objetivo principal do inbound marketing é atrair clientes com conteúdo para gerar leads pelo funil de vendas.

Funil de vendas
Para que essa estratégia seja bem sucedida, é preciso que a empresa faça um estudo sobre o funil e os estágios que o cliente passa no processo de compra. Dessa forma, a empresa saberá quais conteúdos mandar para o cliente antes de ele se tornar um lead (e depois que ele realizar a compra). E fará tudo isso de forma sutil e agradável, fazendo com que a escolha do cliente por determinada marca seja feita de forma natural e orgânica.
Outbound Marketing
Enquanto o inbound marketing se trata de criar conteúdos relevantes, atrair o cliente e fazer com que ele escolha a sua marca como a melhor, outbound marketing diz para o público logo de início que a sua marca é a melhor.
Muito utilizado em ações do marketing tradicional, esse modelo lança a mensagem para um público amplo e sem definição na crença de que o seu consumidor verá e se interessará. Geralmente, é vista em campanhas de TV, jornal ou rádio, outdoors e ações de telemarketing.
Outro nome para essa estratégia é marketing de interrupção. Ao invés de o cliente ir atrás da informação ou conteúdo, ele é surpreendido por ela. Por isso, a criatividade nessas campanhas são muito importantes para torná-las atrativas. Comunicações genéricas não chamam a atenção do consumidor, é preciso mostrar a ele o valor da empresa e do produto ou serviço oferecido.
Marketing Direto
O marketing foca em estratégias que promovem produtos ou serviços em ações direcionadas para o cliente, em ações um a um. Essa estratégia vai falar com clientes que demonstraram interesse na marca e deixaram o contato para poderem receber mais informações. Em outras palavras, essa estratégia é focada nos leads.
Os canais utilizados por esse modelo de direto são e-mail marketing, mensagens de sms, ligação de telemarketing, entrega de um catálogo. Formas de falar diretamente com o cliente, sem intermediários. Mesmo que a mensagem seja padronizada, o cliente é endereçado pelo nome, o que passa uma sensação de exclusividade e personalização.
Marketing Institucional
O marketing institucional é quando a marca investe em ações para falar de si mesma ao invés do produto ou serviço. Ela fala da sua essência, posicionamentos, sua história, sua missão e seu propósito. O objetivo é divulgar a marca e fazer com que ela fique na mente do consumidor.
O principal benefício desse modelo é a criação e desenvolvimento do relacionamento com o cliente. Mas para isso é necessário que a empresa saiba com clareza seus valores e sua personalidade. Afinal é isso que será divulgado nas campanhas do marketing institucional, e que o consumidor se identificará.
A importância do Marketing
Já foi dito que “marketing é levar o produto certo, para o cliente certo, na hora certa, de forma que a divulgação se torne desnecessária.” E isso se dá ao intenso estudo de mercado e comportamento do consumidor que essa área faz.
Com esse estudo é possível planejar as ações e estratégias a serem tomadas para sair na frente da concorrência. Além de atingir o público-alvo de maneira inteligente, o marketing faz o público perceber o valor da marca e sentir que está sendo beneficiado com a compra.