Realidade virtual e branding como a próxima fronteira do marketing

Há pouco tempo, falar de realidade virtual (RV) parecia conversa de ficção científica. Hoje, ela está presente em consultórios médicos, salas de aula, treinamentos corporativos e até dentro da sua casa, com óculos acessíveis como o Meta Quest 3 ou mesmo experiências via celular.

O ponto é: essa tecnologia deixou de ser tendência para se tornar ferramenta estratégica de mercado. E, dentro do universo do marketing, ela vem ganhando destaque especial no campo do branding, já que a essência da construção de uma marca está na capacidade de gerar significado, emoção e lembrança positiva.

Mas como unir realidade virtual e branding de forma que não seja apenas algo “bonito de ver”, mas sim um verdadeiro diferencial competitivo? É exatamente isso que vamos explorar neste artigo.

O que é realidade virtual e por que ela importa para o branding

A realidade virtual é uma tecnologia que cria ambientes tridimensionais e interativos, nos quais o usuário pode se inserir por meio de óculos, luvas ou outros dispositivos. A proposta é simples: oferecer uma experiência que substitui ou complementa o mundo real.

No marketing, essa experiência se traduz em uma oportunidade valiosa:

  • Contar histórias de forma imersiva (storytelling elevado ao máximo).
  • Gerar experiências emocionais, que se fixam na memória.
  • Aumentar a conexão com a marca, já que o consumidor não apenas consome uma mensagem, mas vive essa mensagem.

 Um estudo citado pela PwC mostrou que treinamentos realizados com realidade virtual tiveram até 4 vezes mais engajamento do que os tradicionais. Se isso acontece no aprendizado, imagine no branding, onde emoção e memória são fatores-chave.

Como a realidade virtual está transformando a jornada do consumidor

O consumidor moderno é exigente, informado e está exposto a milhares de mensagens publicitárias por dia. Nesse cenário, captar a atenção é um desafio. A RV entra justamente aí: em vez de disputar segundos de atenção em um feed, ela conquista minutos (ou até horas) de imersão.

Mudanças concretas na jornada:

  • Descoberta: consumidores conhecem um produto através de uma experiência de RV em feiras, eventos ou até em suas casas.
  • Avaliação: podem testar, simular ou comparar produtos de forma interativa.
  • Decisão de compra: a imersão gera confiança e reduz objeções.
  • Fidelização: experiências memoráveis criam vínculos emocionais com a marca.

 Exemplo prático: a Marriott Hotels criou experiências de RV que transportavam hóspedes para destinos paradisíacos. A ideia era simples, mas poderosa: associar a marca à ideia de viajar e viver momentos inesquecíveis.

Exemplos práticos de realidade virtual aplicada ao branding

Para entender melhor, veja como algumas marcas já estão utilizando a tecnologia:

  • IKEA: lançou o IKEA VR Experience, permitindo que clientes visualizem móveis em suas casas antes da compra.
  • Nike: promoveu ações em que consumidores podiam “experimentar” tênis em pistas virtuais de corrida.
  • Coca-Cola: criou experiências de RV em eventos natalinos, transportando os participantes para dentro do famoso caminhão iluminado da marca.
  • Renault: ofereceu test-drives virtuais de novos modelos, permitindo que potenciais compradores tivessem uma primeira impressão realista sem precisar visitar a concessionária.
  • Turismo: companhias como a Lufthansa oferecem passeios virtuais por destinos internacionais, estimulando a compra de passagens.

Esses casos provam que a tecnologia não é “modinha”, mas sim um recurso versátil que pode se adaptar a diferentes segmentos.

 

Benefícios da realidade virtual para o branding

1. Engajamento elevado

Enquanto anúncios comuns são ignorados em segundos, a RV prende a atenção do consumidor de forma quase total.

2. Diferenciação de mercado

Ainda são poucas as marcas que exploram plenamente esse recurso, o que abre espaço para pioneiros se destacarem.

3. Personalização e proximidade

É possível criar experiências sob medida, alinhadas ao perfil do consumidor. Isso fortalece o vínculo emocional com a marca.

4. Aumento da confiança na compra

Testes de produtos em ambientes virtuais reduzem a insegurança e aumentam a taxa de conversão.

5. Geração de conteúdo viral

Experiências de RV são naturalmente compartilháveis, gerando buzz nas redes sociais e ampliando a visibilidade da marca.

 

Desafios e limitações no uso da realidade virtual

Apesar do potencial, a RV ainda enfrenta barreiras:

  • Custos de implementação: criar experiências imersivas exige investimento em tecnologia e conteúdo 3D.
  • Acessibilidade: embora mais populares, óculos de RV ainda não são realidade para toda a população.
  • Curva de aprendizado: consumidores precisam se acostumar a interagir com ambientes virtuais.
  • Risco de uso superficial: se a experiência não tiver propósito claro, pode ser vista como “gimmick” e perder impacto.

 A BBC News destacou que o sucesso da RV no mercado depende não apenas da tecnologia, mas também da criatividade das marcas em criar experiências significativas.

 

Estratégias para pequenas e médias empresas aplicarem RV

Muitos acreditam que realidade virtual é apenas para multinacionais. Isso não é verdade. Pequenas e médias empresas também podem explorar a tecnologia de forma inteligente e acessível.

Algumas ideias práticas:

  • Setor imobiliário: criar tours virtuais de imóveis à venda ou aluguel.
  • Educação: escolas de idiomas ou cursos técnicos podem simular situações reais para aprendizado prático.
  • Moda: provadores virtuais simples, acessíveis via smartphone.
  • Turismo regional: pequenas agências podem oferecer prévias de passeios locais com RV.

Ou seja: não é o tamanho da empresa que define a viabilidade, mas sim a criatividade e o alinhamento com a proposta de marca.

 

Realidade virtual, realidade aumentada e metaverso: qual a diferença?

Muita gente confunde esses conceitos. Vamos simplificar:

  • Realidade Virtual (RV): cria um ambiente totalmente digital e imersivo.
  • Realidade Aumentada (RA): sobrepõe elementos virtuais ao mundo real (ex: filtros do Instagram).
  • Metaverso: é um ecossistema digital persistente, no qual pessoas podem interagir, trabalhar, consumir e socializar.

Cada uma dessas tecnologias pode ser usada no branding, mas a RV tem destaque por oferecer imersão completa.

O futuro da realidade virtual no marketing

Segundo a Forbes, o mercado global de RV e RA deve ultrapassar US$ 250 bilhões até 2030. Isso mostra não apenas o crescimento da tecnologia, mas também a naturalização dela no cotidiano das pessoas.

No branding, a tendência é que a RV se torne parte da estratégia multicanal, integrada a redes sociais, e-commerce e experiências físicas.

As marcas que começarem agora terão uma vantagem clara: serão vistas como pioneiras.

 

Onde a realidade virtual encontra o branding

O branding sempre buscou algo além da venda: criar significado, identidade e valor. A realidade virtual potencializa esse processo ao proporcionar experiências que se tornam memórias.

Não é mais sobre o que a marca vende, mas sobre o que ela faz o consumidor sentir.

 

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